sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O HOMEM DO COMPUTADOR


Sei que não é algo que eu precise, necessariamente dizer-te... Mas deu vontade... Hoje, agora... Quando estamos, os dois, em lados opostos da casa. Distantes, mas "tão perto". Cada um cuidando de algum interesse: tu, com os olhos fixos no canal de esportes da TV a cabo; eu, aqui, a dar vazão à minha arte de escrever.



Sim... Há momentos em que os dedos sentem tal ansiedade de digitar palavras, mas não conseguem acompanhar a ansiedade maior de meu íntimo para dizer tantas coisas... E as palavras, assim, não conseguem "dar conta do recado"... Embaralham-se, atropelam-se e ficam rodopiando no espaço a serem escritas. Muito queria dizer, mas acho que já o digo nos gestos que às vezes nem percebes, por distração... No entanto o que não precisa de palavras, tu já conheces bem, neste aconchego que sinto quando estás comigo... E isto sempre acontece...




Há vaga-lumes que desejam ser estrelas e não se conformam quando as veem radiantes pelo céu a iluminar a noite sem fim do firmamento... Mas eles, os pequenos pirilampos nem se dão conta de como é poética a sua luz suave por entre as árvores, como pequeninas luzes natalinas...
Assim somos nós, quando menosprezamos o nosso valor perante os outros, sentindo-nos apagados quando na verdade nascemos para iluminar...

A vida tem seus caprichos e nós nos adaptamos a eles. Temos tantas faces, algumas não nos agradam e no entanto permanecem conosco... É como aquela pedrinha no sapato que nos faz parar de vez em quando e, quando nos livramos dela, outra resolve entrar. Creio que é porque a vida é algo assim "não linear" para que fiquemos rodopiando, talvez, à procura de um caminho sem pedras... ou coisa assim... Mas o importante é nos amarmos, nos perdoarmos e nos compreendermos...