sábado, 19 de novembro de 2011

ETERNAMENTE... PAI...




Fisicamente, sei que é impossível
Pois este neto tinha apenas sete anos quando te foste
Sei no entanto que no plano etéreo tu o encontras...


Olho para os dois e penso:
"Olha ali, o Leozinho amanhã!"
Como se parecem no físico e nos gestos...


A covinha no queixo, o "jeito sem jeito?"
E o sorriso fanfarrão são a marca registrada
Da continuidade da vida...



Lembro-me quando teu neto pegava o telefone:
Hei, vovô! Quero andar de bicicletaaa!


Nossa... Quanta saudade me deu agora... De ti
E de meu pirralho tão lindo e cheio de vida!

Uma lembrança tão viva
E uma saudade tal que chega a ser dolorida...



Olha... Olha meu filho!
E vê o mundo do alto...
Ele é teu com tudo que nele existe

Basta teres o desejo de reconstruir o que se destrói
A olho nu... A humanidade é cega e não vê
Por isso, filho querido, eu entrego este mundo a você!

Cuida dele e faz o que é correto
Basta que para isso não te corrompas
E tomes sempre o caminho reto...



A vida tem seus caprichos e nós nos adaptamos a eles. Temos tantas faces, algumas não nos agradam e no entanto permanecem conosco... É como aquela pedrinha no sapato que nos faz parar de vez em quando e, quando nos livramos dela, outra resolve entrar. Creio que é porque a vida é algo assim "não linear" para que fiquemos rodopiando, talvez, à procura de um caminho sem pedras... ou coisa assim... Mas o importante é nos amarmos, nos perdoarmos e nos compreendermos...