sábado, 14 de janeiro de 2012

IDADE



Dizem que a uma certa idade nós, mulheres, nos fazemos invisíveis; que nossa atuação na cena da vida diminui e que nos tornamos inexistentes para um mundo onde só cabe o impulso dos anos jovens. Eu não sei se me tornei invisível para o mundo. Pode ser... Porém, nunca fui tão consciente da minha existência, como agora; nunca me senti tão protagonista da minha vida e nunca desfrutei, tanto, cada momento da minha existência.

Descobri que não sou uma princesa de um conto de fadas; descobri o ser humano sensível que sou e também muito forte. Com suas misérias e suas grandezas. Descobri que posso me permitir o luxo de não ser perfeita, de estar cheia de defeitos, de ter fraquezas, de me enganar, de fazer coisas indevidas e não corresponder às expectativas dos outros. E apesar disto... GOSTAR DE MIM!

Quando me olho no espelho e procuro quem fui... Sorrio àquela que sou... Alegro-me do caminho andado, assumo minhas contradições. Sinto que devo saudar a jovem que fui com carinho, mas deixá-la de lado, porque agora me atrapalha. Seu mundo de ilusões e fantasias já não me interessa. É bom viver sem tantas obrigações. Que bom não sentir um desassossego permanentemente cansado de correr atrás de tantos sonhos.

QUE BOM TER UMA CERTA IDADE!

Encontram-se tantos textos sem autoria, pela Internet... Muitos tem a irônica capacidade de escrever as mesnagens em seus espaços de relacionamentos e deixam o texto lá, sem o nome do autor propositadamente, para que pensem que foram eles os autores de joias literarias que nem lhes chegam ao entendimento; Mas o fazem mesmo assim. Este texto é um desses: veio a mim sem autoria. Confesso que gostaria de tê-lo escrito, mas sei que em algum lugr a dona dele está, sem ao menos saber que foi roubada de sua reliquia...